5/23/2006

Indefiniçao do apetite ?!

Terei a coragem de me esconder ou desaparecer, e ficar a observar o realce de quem sentirá mesmo a minha falta? Ja so penso que será a unica forma de verificar, a quem eu sou realmente carente, pois acho que ja nem mesmo a mim me necessito, so me sinto bem a dormir, desligado do mundo, sem fazer um esforço sequer para orientar o olhar n'alguma direcçao que seja, ja nao consigo observar a minha boa obra e os aspectos positivos que resultam das minhas acçoes e atitudes...Começo a pensar que estou na posiçao de comando e que afinal nao comando nada. O silencio dourado, cada vez mais é-me apetecido, porque estou a começar a ficar saturado de comunicar, nao quero continuar a ser questionado, so porque a minha orientaçao nao coinside com os demais, esboçaria um sorriso na cara, se ninguem mais desse pela minha presença, se ninguem mais se importasse comigo, se finalmente todos fizessem coincidir o seu comportamento com a verdadeira importancia que habitualmente atribuem - NENHUMA. Seria bonito se as pessoas, nao se dessem ao trabalho de me incomodar com o que quer que seja, ja que nao atribuem qualquer importancia aquilo que digo. Nao quero fazer caso do mundo, ja que o mundo nao faz caso de mim.

5/16/2006

Ultima Estancia?

A amargura acumulada que produz este sabor a sangue, que me surge na boca, muitas vezes de manha quando acordo, é um sinal indicador , que tenho de compactuar com a sociedade, em que nao me revejo, porque ja constactei que me estou a afundar, porque nao tenho força suficiente para a contrariar; Sinto desgosto, por ser forçado a acreditar em ideias contrarias às minhas ideologias e fantasias carinhosamente elaboradas, ter de eu proprio as reprovar, por uma questao da minha propria sobrevivencia... vejo o meu reflexo no espelho e constacto que a imagem que observo está assim, nao por cansaço, mas por derrota interna, emocional e mental. Começo a nao apreciar a minha propria companhia, começo a fartar-me de estar so comigo e apreciaria estar sozinho no meio de alguem, quem quer que fosse. Embora tenha condiçoes para sorrir, nao sinto motivaçao para o fazer. Os estimulos para a felicidade estao desencontrados de mim, porque eu tive a capacidade de os banir e encontrei outros indesejados, os que provocam a furia e a fustraçao, a desordem e o caos, o arrependimento acumulado , sem soluçao??!

5/09/2006

Cura?!

"...Nalguns dias necessitava de trocar o meu interior, com o meio exterior, assim o mundo morria lentamente e tudo ficava cinzento e petrificado numa imobilidade imutável e eu renasceria com toda a pujança da vida que fervilha nas mais diversas formas de energia: luz, som, calor, frio, movimento … e talvez assim reanimasse , se o meu coração reencontrasse o ritmo compassado que necessita para a vitalidade das suas funções emotivas, para que o ar que respiro fosse mais apetecido e não asfixiadamente inalado. Assim provava as cores de uma imaginação mais concreta e respirava os sons silenciosos do equilíbrio de uma paz de espírito plena, num vortex sensorial infinito, infinito, INFINITO !!! ..."
exerto de: "Fragmentos do Sentimento supremo", de Leandro Alexandre, 2004/5

Odio sublimado...

"... -Cada vez que passo por Ti, roubo-te aos bocadinhos a ar dos bolsos, ficas com os bolsos mais vazios do que já estavam e eu somo à minha propriedade, qualquer coisa imaginada que estaria dentro deles, que Tu não vias, mas estava lá, roubo-te o que Tu não achas que tens e fico com o que eu quiser de Ti…principalmente tudo aquilo que não queiras repartir comigo. Roubo-te o génio da lâmpada que me concede três desejos e no primeiro peço para ter tudo o que desejo. E um desejo meu é que: EXPLUDAS, que libertes o que é meu que está aí aprisionado, não está no seu devido lugar. Fode-te, vira-te do avesso, apaga-te, fica em pecinhas, que eu terei a competência para fazer desaparecer algumas, para que fiques incompleta para SEMPRE ou até que me apeteça devolver-tas…(!) ..."
exerto de:"Fragmentos do Sentimento supremo", de Leandro Alexandre,2004/5

Uma fabula?!

"...Vou encontrar um espelho, que para alem de reflectir a habitual imagem simétrica, terá também o poder de duplicar a pessoa que nele se vê, de uma forma também simétrica e em todos os aspectos. Perante ele, materializar-se-á um clone plasticinado, ao qual poderemos determinar o sexo e que nunca irá chocar connosco, pois a sua flexibilidade permitir-lhe-á abraçar ou encaixar em qualquer esquina ou falha nossa. Não será o espelho a quem faremos a célebre pergunta:”Espelho mágico existe alguém mais belo do que eu?”, mas sim o espelho a quem diremos: -Espelho mágico oferece-me alguém como Eu ! ..."
exerto de:" Fragmentos do Sentimento supremo", de Leandro Alexandre, 2004/5

Desejo profundo!

"...Porque tenho um enorme bem-estar, praticamente perfeito, imagino se não será possível “engarrafar” ou “empastilhar” este magnifico estado, para poder distribui-lo por todos os que necessitam, de uma forma mais eficaz e mais rápida, para que o nº de pessoas que vive na dimensão paralela à da realidade, se torne cada vez maior e mais forte, para o mundo real fazer ainda menos sentido e para que os “anormais”, que à muito detêm o poder da estabilidade, sejam colocados definitivamente no seu lugar : O do COMANDO !!! ..."
exerto de:" Alienaçao", de Leandro Alexandre, 2005

Alucinogenios...!

"...Transformei-me numa serpentina cor-de-rosa daquelas de Carnaval, uma rapariga de aspecto muito simples pegou em mim e muito suavemente soprou-me no centro e sai desenrolado daquela forma centrifugada carnavalescamente conhecida, com tal movimento perdi a noção de todas as direcções e o único sentido que me sobrou foi um super ouvido que me permite ouvir-me a pousar no chão assim que acaba o curso da fita e onde consigo ter um curto espaço de tempo para visualizar-me a flutuar lentamente até aterrar, Tristemente a consciência que ainda fica, permite aperceber-me do fim, que apesar de ter chegado, potencialmente ainda serei calcado, pois fiquei num nível onde está tudo acima de mim, onde o próprio peso do ar é mais do que suficiente para acabar de me esmagar…! "
exerto de: "Alienaçao", de Leandro Alexandre, 2005

Temor

"... Não sei se será legitimo ter medo de um pesadelo que surja numa noite destas, mas não de um pesadelo sonhado e sim de um pesadelo real, a pior das realidades que irá surgir pela calada e a todos irá roubar o que cada um de nós menos quer perder. Tratar-se-á de um poder oculto que adivinha o que mais adoramos, totalmente dominado pelo Rei do Egoísmo Absoluto, que se fartou de nada possuir e arquitectou um esquema de tirar sem ser descoberto, simplesmente aproveitando-se da desvalorização que as pessoas fazem do que possuem, tirando a oportunidade às que desejam e não têm. Um verdadeiro oportunista que resolve aplicar-nos um castigo pela nossa insensatez e que me parece que será inteiramente merecido. Não vou dormir mais para poder assistir ao saque !!! ..."
exerto de: "Alienaçao",de Leandro Alexandre, 2005

5/07/2006

Anulaçao

"...Tenho o Mundo atravessado na garganta... ele vai acabar e eu vou ser o ultimo a saber... apenas desconfio porque ja começo a observar tudo a andar em camara lenta, como quando a energia começa a acabar. Os sons por muito altos que sejam parecem muito distantes e reduzidos, o ar que respiro permanece o dobro do tempo dentro de mim, como que a retardar a expulsao, pois nao quer voltar la para fora, ca dentro o espaço ainda permanece são! Os sons das palavras das pessoas estão descordenados dos movimentos das suas bocas e as suas sombras antecipam-lhes os movimentos como se tivessem trocado de lugar. O ponto de anulaçao do movimento está para breve, será precisamente quando a Terra parar e começar a girar no sentido contrário. Escuridao, Vazio, Vacuo, NADA!!! ... "
exerto de: "Alienaçao", de Leandro Alexandre, 2005

Auto-flagelado

"...Ja nao sou eu quem imprime a vontade, ja nao sou que comando o apetite e o gosto, estou à mercê da casualidade dos gostos alheios e se tiver sorte poderá me calhar alguma coisa, os mensageiros ja nao me obedecem e ja nao tenho a quem dar as ordens, a minha propria boca nao me obedece e diz o que penso e nao o que lhe ordeno para dizer. Os actos nao têm impacto porque sao efectuados por outras pessoas a quem as ordens, aleatoriamente vao parar e eu nao tenho eficacia e as outras pessoas nao percebem o que lhes acontece... Os meus desejos vejo-os a serem concedidos a outras pessoas que nao os pediram e nem sequer tenho o prazer de cumprir alguma ordem trocada que venha ter até mim. O Comandante está à mercê da anarquia das suas proprias directivas..."
exerto de: "Alienaçao", de Leandro Alexandre, 2005

O Confronto da Doçura!

"... Um ringue de Boxe, as cordas sao feitas de pastilha elastica, todo o publico presente, sao queques, tenho nas maos duas luvas de açucar cristalizado e o chao do ringue está barrado de creme de bolos, a rapariga que passa a informar do proximo assalto, está vestida de coelhinha e é feita de algodao doce, o arbitro é de massa folhada e o meu adversário tem apenas a silhueta de pessoa porque nao passa apenas de um monte de açucar de pasteleiro. Começo por lamber as luvas, como a colhelhinha, sopro sobre o meu adversario e desmonto-o, a luta está ganha, mas o publico nao gosta, atiro-me para o chao e levanto o creme e barro o publico e de seguida como-o e limpo a boca a um canto do ringue, que é feito de "guardanapos" e mais niguem se fica a rir de mim... (.) ..."
exerto de: "Alienaçao", de Leandro Alexandre, 2005

5/06/2006

O motivo para este espaço

O surgimento deste blog, deve-se aos inumeros pedidos que me foram surgindo, para que divulgasse de uma forma mais abrangente, os meus habituais pensamentos controversos e as minhas ideias inimaginaveis. Nesta 1ª fase, estou simplesmente a observar como hei-de encaixar neste moderno modo de comunicaçao, tudo o que me ocorre no pensamento frequentemente, de forma a que todas as pessoas que o consultem, sintam interesse em ler e interpretar tudo o que irao aqui encontrar. Prometo: polemica, sonhos, imaginaçao, heroismo, seduçao e acima de tudo total transparencia! Até breve!

Uma imagem sugestiva! Uma perfeita metáfora da posiçao de cada um de nós na nossa magnifica sociedade...!